Pensar, julgar, sentir e agir como Maria

Um dos pilares da Espiritualidade Marista é o “pensar, julgar, sentir e agir como Maria”. Dizemos que é um dos pilares, pois, ao lado de outros aspectos marianos, sustentam a vida de homens e mulheres que foram escolhidos para vivenciar esta espiritualidade.

O que significa dizer que pensamos, julgamos, sentimos e agimos em tudo como Maria? Quais os reais significados para estes verbos tão cotidianos? Qual a novidade deste aspecto Marista na vida dos cristãos? Com toda certeza, muitos podem pensar que este isto parece impossível. Porém, para um Marista (padre, irmão, irmã ou leigo), esta inspiração mariana conduz sua vivência. E isto se dá porque tomamos Maria como modelo cristão.

Quando um Marista pensa, julga, sente e age como Maria ele constantemente se pergunta: O que Maria faria diante desta situação? Quais os critérios para emitir um juízo neste momento? Em que se baseariam estes julgamentos? Como ela agiria?

Pensar como Maria é, antes de tudo, refletir, moldar, meditar e ter cuidado para ouvir a voz de Deus. Ouvir sua mensagem e acolhê-la com fé. Maria foi uma mulher que soube ouvir, por isso, escutou o chamado de Deus para ser a mãe de nosso Salvador.

Julgar como Maria implica em avaliar, considerar e decidir. Para isso somos chamados a formar uma opinião sobre determinado fato ou pessoa. Porém, de forma mais cautelosa e misericordiosa, sem esquecer que quanto mais pesadas forem as sentenças, mais difíceis serão as obras.

Sentir como Maria é dar razões de nossa fé. É ser afetado por Deus. Significa compreender, entender e perceber como Deus age em nossas vidas. Não interferindo em nossas escolhas, mas apontando o caminho que podemos trilhar com segurança.

Agir como Maria significa atuar (operar) de maneira eficaz na vida da humanidade. Com discrição fez grandes coisas por Deus em favor da humanidade inteira. O Marista tem como modelo a figura de Maria para sua ação na família, na escola, no trabalho, na Igreja e no mundo.

O diferencial deste pilar da vida Marista se deve ao fato de inspirar-se na figura de Maria. Uma figura puramente humana, portanto, alguém que viveu nas mesmas condições que cada um de nós. Mas soube pensar, julgar, sentir e agir de tal maneira que é capaz de nos modelar segundo o Evangelho.


Ir. Deonor Vieira do Nascimento, sm